A regularização de imóveis é um tema crucial no cenário brasileiro, especialmente considerando que cerca de metade dos imóveis no país enfrentam irregularidades.
Este artigo busca esclarecer esse processo, fornecendo informações valiosas e estratégias para evitar futuros transtornos.

Objetivo do registro de imóveis

O cartório de registro de imóveis tem a função essencial de arquivar o histórico completo dos imóveis, garantindo a autenticidade e segurança das informações.

O sistema brasileiro adota o modelo de “título mais registro”, onde o registro do título no cartório confere efeitos constitutivos.

Documentação necessária para regularização

A regularização de imóveis requer uma documentação específica, incluindo:

  • Cópias autenticadas de CPF, RG;
  • Comprovante de residência;
  • Certidão de casamento ou pacto antenupcial;
  • Certidões negativas de tributos federais e municipais;
  • Certidão de matrícula do imóvel atualizada;
  • Comprovante de atividade profissional.

Regularização extrajudicial

A regularização extrajudicial, notadamente no caso de retificação de área, representa uma alternativa eficiente e menos onerosa para os proprietários que buscam corrigir discrepâncias nas descrições de seus imóveis.

Ao se deparar com a necessidade de adequar a descrição do terreno no registro à realidade, a contratação de um topógrafo torna-se um passo crucial nesse processo.

O topógrafo, profissional habilitado junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), desempenha um papel fundamental na elaboração de um mapa detalhado do terreno.

Esse mapa não apenas evidencia o tamanho real do imóvel, mas também identifica os vizinhos (confrontantes) e apresenta um memorial descritivo com as coordenadas precisas do terreno.

Com essa documentação em mãos, o proprietário inicia um diálogo com seus vizinhos, buscando obter declarações formais de concordância com as divisas estabelecidas no mapa e no memorial descritivo. Essas declarações são fundamentais para o sucesso do processo de retificação, demonstrando que não há oposição ao pedido de regularização por parte dos vizinhos.

Em conformidade com a legislação, o próximo passo envolve a ida ao Cartório de Notas para a elaboração de uma Ata Notarial. Uma vez redigida, esta ata é submetida ao Registro de Imóveis, onde é protocolada e, após análise do registrador, o imóvel é registrado em nome do requerente.

Dessa forma, o processo extrajudicial proporciona uma solução eficaz, preservando tempo e recursos financeiros.

Regularização judicial

Quando a regularização extrajudicial não se mostra viável, especialmente em situações de litígio mais complexas, recorre-se à esfera judicial, notadamente no contexto da usucapião ordinária.

Esta se torna uma alternativa necessária para resolver disputas relacionadas à propriedade, conferindo ao possuidor a oportunidade de se tornar o legítimo dono do imóvel por meio de uma sentença judicial.

A documentação necessária para o processo judicial inclui o contrato de compra e venda ou escritura pública, RG, CPF, conta de luz, mapa do imóvel com memorial descritivo e certidões relacionadas ao imóvel.

A contratação de um advogado é imprescindível em ambas as situações para assegurar a correta condução do processo judicial.

Ao entender os meandros desses processos de regularização, os proprietários podem tomar decisões informadas, escolhendo a abordagem que melhor se adequa à sua situação específica.

Conclusão

Este artigo oferece uma visão abrangente sobre a regularização de imóveis, destacando a importância do registro adequado e estratégias para lidar com situações irregulares.

Ao entender e seguir corretamente os procedimentos legais, os proprietários podem evitar dores de cabeça futuras relacionadas à propriedade de seus imóveis.

Em caso de dúvidas ou necessidade de assistência, saiba que estamos disponíveis para esclarecer quaisquer dúvidas que você venha a ter!

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